quinta-feira, 27 de junho de 2013

OMC - Trade policy - Brasil

Link para o relatório da OMC sobre a política comercial brasileira:
http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/s283_e.pdf


Clipping do Ministério do Planejamento sobre a denúncia paraguaia do Mercosul na OMC:
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/6/27/paraguai-denuncia-mercosul-diante-de-157-paises-na-omc

Abraços,
W.

PAC com projetos de defesa - Valor Econômico

Acessem o link. Fala da vontade de os militares incluírem no PAC projetos de Defesa. Interessante.
W.

http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/11318/Militares-querem-incluir-projetos-de-defesa-no-PAC/

 

terça-feira, 25 de junho de 2013

The price of inequality

Vale a pena dar uma olhada na página do Stiglitz:
http://www2.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz/
Pensei em comprar pela Amazon o The Price of Inequality, mas na última compra paguei imposto que foi metade do preço dos livros :-( Acho que se comprar, o imposto será o preço do livro hehehe
Alguém já sabe se foi lançado no Brasil? Não encontrei nada...
A página tem vários artigos e colunas dele.
Abraços,
W.

Poluição da água


A água é considerada um recurso natural indispensável para a vida e para os inúmeros processos a ela relacionados, sendo a substância mais comum existente na natureza. Desde a origem da vida na Terra, esse recurso tem sido imprescindível, pois de acordo com a teoria que melhor explica o surgimento dos organismos, a quimiossíntese, as primeiras formas de vida teriam se originado nos mares primitivos (DIAS, 2004).

Ao longo dos processos evolutivos, uma das estratégias de sobrevivência de muitos organismos foi a conquista do ambiente terrestre, mas, para que isso acontecesse, precisaram desenvolver mecanismos que, de alguma forma, permitissem o contato ou a absorção direta da água para manutenção das atividades metabólicas. As plantas vasculares tiveram maior sucesso na conquista do ambiente terrestre por apresentarem órgãos mais bem adaptados, quando comparadas às plantas avasculares, que se mantiveram tanto restritas aos ambientes mais úmidos quanto estruturalmente menos desenvolvidas, por serem menos especializadas para a obtenção de água.

Com a espécie humana, não foi diferente; o sucesso evolutivo e adaptativo também está associado ao domínio e ao manejo da água. Em termos globais, a água sustenta toda a agricultura, e cerca de 69% da reserva captada é destinada para esse fim, enquanto que para a indústria os percentuais são de aproximadamente 23% e para o uso doméstico, de cerca de 8%. No Brasil, os valores médios obtidos são 70%, 20% e 10% respectivamente (PHILIPPI JR & PELICIONI, 2005; MILLER JR, 2007).

Apesar da abundância da água na biosfera, cobrindo cerca de 70% do planeta, esse recurso não está diretamente acessível ao ser humano. Do total de água do planeta, 97% está nos oceanos, e, portanto, imprópria para muitas formas de vida, a menos que passe por processos de dessalinização. Da parte restante, aproximadamente 2% formam as geleiras, indisponíveis para o consumo; isso significa que o remanescente é o recurso de água doce disponível para a garantia das atividades humanas. A tabela 1 (PHILIPPI JR & PELICIONI, 2005) mostra a distribuição da água no mundo.

Corpo de água
Volume (milhares/k³)
% do total de água
Oceanos
1.370.000
97,61
Calotas e geleiras
29.000
2,08
Água subterrânea
4.000
0,29
Lagos de água doce
125
0,009
Lagos salinos
104
0,008
Umidade do solo
67
0,005
Rios
1,2
0,00009
Vapor de água atmosférica
14
0,0009

Tabela 1: Distribuição da água no planeta Terra.

Nem todo o percentual de água pode ser tomado como reserva. Deve-se lembrar que, do total de água doce no planeta, 76,6% encontra-se em geleiras e 22,7% está no subsolo, indisponível para extração e consumo diretos. Apenas cerca de 0,5% do total de água doce torna-se reserva, ou seja, o que de fato podemos explorar e utilizar para a garantia de nossas necessidades (BRAGA et. al., 2002; PHILIPPI JR & PELICIONI, 2005). Desse pequeno percentual, 52% estão em lagos, 36% na umidade do solo, 7,1% na atmosfera, 3,5% nos rios e 1,4% nos seres vivos (OXFORD, 2011: 84).

Conforme se observa, as reservas de água para a garantia das necessidades humanas representam uma parte bem pequena do total existente no planeta. No entanto, essa quantidade seria suficiente para atender a todos, se considerarmos que a natureza dispõe de mecanismos que mantêm a estabilidade e a qualidade desse percentual no ambiente através do ciclo da água na natureza, como vemos na figura 1 (http://ga.water.usgs.gov/edu/watercycleportuguese.html). A maneira pela qual temos lidado com essa reserva, porém, tem nos colocado em situação de vulnerabilidade, uma vez que a qualidade e a quantidade de nossas reservas hídricas têm-se reduzido (DIAS, 2004).

 Figura 1: Ciclo da água.

Quando consideramos que o total de água precipitada durante as chuvas deveria distribuir-se em três partes, sendo 1/3 percolado para os lençóis subterrâneos, 1/3 absorvido pelos corpos dos vegetais e retido pelo solo, desencadeando posteriormente o processo denominado evapotranspiração, e o 1/3 restante proveniente do escoamento superficial e direcionado para os rios, lagos, mares e demais corpos d’água, conseguimos compreender que alterações antrópicas como o desmatamento e a urbanização alteram significativamente a dinâmica e a disponibilidade da água e do ciclo hidrológico.

Assim, a atual discussão sobre a crise hídrica, fundamenta-se não apenas na quantidade de água disponível para o consumo, mas também na qualidade desse recurso, pois, ao longo do tempo, houve alterações ambientais que influenciaram na distribuição da água em cada um dos terços apresentados, como é o caso da impermeabilização dos solos, que diminui a infiltração da água no solo. Outro fator é a diminuição das áreas verdes, com os processos de desflorestamento que interferem na capacidade de percolação da água no solo.

Desse modo, a água que deveria ser distribuída após a precipitação escoa para os corpos de superfície, desencadeando outros problemas como as inundações em zonas urbanas. Como sabemos, os corpos de superfície são as reservas de onde retiramos a água disponível para a utilização humana e os mesmos lugares onde costumamos lançar nossos dejetos, sejam de natureza doméstica ou industrial, consequentemente deteriorando a qualidade da água ofertada para o consumo. Diminuem-se também os locais que servem de mananciais.

Percebemos então, que tanto alterações ambientais que interferem no regime de chuvas, ou seja, no ciclo hidrológico quanto a emissão de efluentes nos corpos d’água são motivos de preocupação para a humanidade. Diversas áreas no mundo, como o Sahel e o leste da China, sofrem com o déficit hídrico ou com o estresse hídrico, já que ainda é grande o número “pessoas [que] não têm água potável para beber e sofrem de doenças causadas pela poluição e por organismos que se desenvolvem na água” (OXFORD, 2011: 84) – a estimativa é que, em 2008, “884 milhões de pessoas não tenham água potável e 2,6 bilhões não tenham saneamento básico” (loc. cit.).

As características físicas da água são densidade, calor específico, transparência e tensão superficial. A densidade da água torna-se variável em função da temperatura. No estado líquido o maior valor de densidade é encontrado entre 0°C e 4°C. Já no estado sólido, a água é naturalmente menos densa; essa característica permite a presença de vida mesmo em águas de regiões muito frias, pois o congelamento da superfície impede a repetição desse processo em águas mais profundas, mantendo-se as condições necessárias para a vida.

Por ser elemento de fácil absorção de calor, deve-se atentar para a manutenção do calor específico da água, pois alterações podem interferir na sobrevivência de organismos. Quando efluentes aquecidos são liberados na água, por exemplo, sua viscosidade é diminuída, prejudicando a flutuabilidade de organismos como os fitoplânctons. Estes são, por conseguinte, afastados das zonas mais iluminadas, o que os impedem de absorverem luz e realizarem os processos fotossintéticos, levando-os à morte.

Mudanças na transparência da água causam fenômeno bastante similar, pois a turbidez impede a entrada do comprimento de onda necessário para a fotossíntese dos autótrofos, inviabilizando a síntese dos compostos orgânicos. Por fim, a água também apresenta tensão superficial, que é quebrada por intermédio da presença de detergentes. Esses elementos fazem com que as moléculas de água se desagreguem; por sua vez, isso destrói o hábitat de muitas espécies que vivem sobre elas, prejudicando as dinâmicas dos ecossistemas relacionados.

Do ponto de vista químico, a água tem importante valor, pois é considerada solvente universal, o que a torna especial, pois substâncias sólidas, líquidas e gasosas podem ser diluídas por ela. Isso significa que diferentes organismos podem dela depender e nela se desenvolver, pois tanto gases como sais minerais que sustentam a vida podem estar dissolvidos em água. No caso do ser humano, basta lembrarmos da função que o sangue e a urina exercem no corpo. Quanto às plantas, os nutrientes do solo estão dissolvidos em água.

Biologicamente, se houver a dinâmica ideal entre processos físicos e químicos, consequentemente haverá a presença de organismos e a manutenção de cadeias alimentares dos mais variados grupos. Basta lembrar, outrossim, que a vida na Terra se originou na água, e que esta é a substância que existe em maior parte nos seres vivos. No caso do corpo do ser humano, representa 70% do seu peso. Além disso, a água transporta sedimentos que regulam a própria fertilidade de solos de extensas áreas no planeta.

Não há vida sem água, mas, pelos níveis de poluição, parece que o ser humano esqueceu disso. De acordo com Philippi Jr e Pelicioni (2005), o conceito de poluição está associado à diminuição da qualidade da água disponível para o uso, com alteração de suas características e consequente prejuízo para quaisquer usos. Miller Jr. (2007) a define em função de quaisquer alterações em suas propriedades, tornando a água inadequada para o consumo e afetando os organismos vivos nela presentes.

Braga et. al. (2002) acrescenta que poluição ocorre tanto por interferências naturais quanto antrópicas. Já para Branco (1997), poluição pode ser definida como a inserção de excessiva matéria ou energia em um ambiente, alterando as dinâmicas da composição e estrutura sistêmicas. Assim, o conceito pode ser amplo, mas está intimamente ligado a alteração do meio abiótico, interferindo na permanência do meio biótico e com a restrição ao uso desse recurso.

A poluição dos recursos hídricos está diretamente associada aos diversos usos a eles associados, bem como à ocupação destinada ao solo. As fontes poluidoras são classificadas de acordo com a origem: poluição natural, poluição por esgoto doméstico, poluição por efluentes industriais, e poluição por drenagem em áreas agrícolas ou urbanas (PHILIPPI JR & PELICIONI, 2005). Pode trazer inúmeros prejuízos para a biodiversidade presente nos ecossistemas aquáticos, causando desde a diminuição do número de indivíduos até a perda da riqueza em espécies.

Os processos de degradação são ocasionados através da alteração dos aspectos químicos e físicos ideais para suportar os elementos biológicos. Essas alterações decorrem do lançamento de poluentes: orgânicos biodegradáveis, recalcitrantes ou refratários (não biodegradáveis), metais, petróleo e derivados, detergentes, nutrientes em excesso, calor, radioatividade e defensivos agrícolas, entre outros. Essas substâncias podem interferir nos mecanismos bioquímicos do ecossistema, atingindo cadeias alimentares que sofrem desestabilização nos diferentes níveis tróficos (produtores, consumidores e decompositores).

Esse fato pode ser verificado quando ocorre o excesso de matéria orgânica na água, estimulando o aumento de seres decompositores aeróbios para a decomposição dos nutrientes, e que passam a consumir maiores quantidades de oxigênio, com a alteração da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) (BRAGA et. al., 2002). Com isso, os decompositores passam a competir com outros organismos aquáticos, e por possuírem baixa demanda de oxigênio acabam provocando a morte de peixes e outros elementos, no fenômeno anteriormente comentado da eutrofização.

Poluição natural é proveniente da lixiviação e carreamento de sedimentos e de compostos orgânicos animais e vegetais depositados nas águas de superfície, mas, em geral, não causam alterações severas na estrutura química, física e biológica da água (PHILIPPI JR & PELICIONI, 2005).  Quando a poluição é causada por agentes biodegradáveis e em quantidades toleráveis, os rios e cursos de água podem se recuperar em curto prazo através da diluição da substância nas águas, e da degradação da matéria orgânica por bactérias decompositoras (MILLER JR, 2007).

O esgoto doméstico ainda é um dos grandes desafios a ser enfrentado pelas cidades, pois a falta de saneamento básico atinge uma parcela populacional significativa em nosso país, com precária rede de coleta e inadequado destino para o esgoto. Com o crescimento e desenvolvimento das cidades, os cursos d’água passaram a ser o destino final dos resíduos provenientes das atividades humanas, os quais muitas vezes não são tratados antes de serem lançados nos afluentes. O impacto desses resíduos dependerá da concentração dos elementos depositados e da capacidade de depuração do corpo receptor.

A poluição gerada a partir das atividades desenvolvidas pela indústria depende exclusivamente do segmento industrial pertencente, de forma a atingir diferentes níveis de concentração de substâncias tóxicas, de metais pesados, de matéria orgânica e de agentes patogênicos, entre outros materiais. Dos impactos negativos provenientes desse segmento, podemos exemplificar com a poluição causada pela indústria petrolífera nos oceanos – calcula-se que cerca de 300 mil toneladas de óleo sejam anualmente despejadas por petroleiros nos oceanos, tanto através de naufrágios, quanto por acidentes ou procedimentos intrínsecos à atividade (BRANCO, 1997).

Dentre esses procedimentos, é comum o enchimento e o esvaziamento dos tanques de óleo com água dos oceanos, pois permite a estabilidade dos petroleiros no mar após aliviarem suas cargas (BRANCO, 1997). Os hidrocarbonetos orgânicos voláteis do petróleo causam a morte de peixes, moluscos, crustáceos, algas e quaisquer outros organismos que sejam vulneráveis. Substâncias químicas no petróleo, similares ao alcatrão, tornam-se flutuantes na superfície das águas e atingem aves e mamíferos marinhos, recobrindo as penas e pele desses animais. Essa cobertura de petróleo destrói o isolamento natural desses animais, que perdem a capacidade de flutuação, e, por fim, afogam-se ou morrem por hipotermia.

A poluição das águas em zonas rurais é causada principalmente pelo uso de herbicidas e fertilizantes agrícolas sem adequado manejo, como já mencionamos. Essas substâncias químicas podem atingir, outrossim, as águas subterrâneas. Nas últimas décadas, a exploração destas tem crescido aceleradamente, embora esteja limitada à viabilidade econômica de extração e à quantidade e qualidade de água a ser extraída. Se não houver o devido cuidado com o uso e ocupação do solo em regiões onde esses aquíferos se localizam, as águas subterrâneas tornam-se passíveis de serem poluídas por uma infinidade de produtos químicos, sendo difícil a diluição ou a dispersão desses elementos.

Produtos como gasolina, petróleo, solventes de tintas, solventes orgânicos e substâncias provenientes da deposição inadequada de lixo podem levar ao comprometimento das reservas. As águas subterrâneas possuem menores concentrações de oxigênio, menores populações de decompositores e temperaturas mais baixas, o que dificulta a autodepuração dos elementos contaminantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Braga, B.; Hespanhol, I.; Conejo, J.G.L.; Barros, M.T.L.; Spencer, M.V.; Porto, M.F.A.; Nucci, N.L.R.; Juliano, N.M.A.; Eiger, S. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo, Prentice Hall, 2002. 305p.

Branco, S. M. O meio ambiente em debate. São Paulo, Moderna, 1997.

DIAS, G. F. Educação ambiental – princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 2004.

Miller JR, G. Tyler. Ciência ambiental. Tradução: All Tasks; revisão técnica Welington Braz Carvalho. São Paulo, Cengage learning, 2007.

OXFORD UNIVERSITY. Atlas of the world. 18th ed. London: Oxford University Press, 2011.

PHILIPPI JR, Arlindo; PELICIONI, Maria Ccilia Focesi. Educação ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005.

UNITED STATES GEOLOGICAL SERVICE. Ciclo da água. Disponível em: (http://ga.water.usgs.gov/edu/watercycleportuguese.html. Acesso 12 out 2012.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Poluição do solo


O solo pode ser caracterizado como o manto rochoso superficial que, através de processos intempéricos, sofreu desagregação física, dando origem à estrutura edáfica atual (RIZINNI, 1997; BRAGA et. al. 2002; RAVEN et. al., 2007). No processo de formação do solo, a rocha desagregada continuou sofrendo transformações, tendo a participação de organismos – líquens, fungos, bactérias e plantas –, até que se tornasse uma mistura de material mineral particulado e matéria orgânica capaz de sustentar todas as atividades que nos auxiliam na manutenção da vida (RAVEN et. al., 2007).

O solo, como parte integrante do meio abiótico, ajuda a sustentar a permanência da vida no planeta, estando diretamente envolvido nas dinâmicas ecossistêmicas que apoiam a conservação ambiental, bem como o desenvolvimento de atividades que garantam as necessidades humanas. Dentro do escopo de importância para a humanidade, o solo pode ser analisado do ponto de vista físico, químico e biológico.

Para o agricultor, o solo viabiliza a produção agrícola; para a engenheira civil, é fundamental pela capacidade de suporte de cargas e por transformar-se em material de construção; para o engenheiro de minas é local de extração de minerais e jazidas; para o setor econômico, é fonte de divisas; por último, mas não menos importante, os ecologistas veem o solo como elemento que mantém serviços ecossistêmicos gratuitamente oferecidos pela natureza (BRAGA et. al., 2002).

Estes serviços nada mais são que as funções inestimáveis e imprescindíveis que natureza sustenta, como a regulação das chuvas, o clima, a permanência da vegetação para a proteção dos solos, o solo como fonte de nutrientes para as plantas, o agente responsável pela purificação das águas, entre outros benefícios diretamente relacionados ao homem. No entanto, o manejo e a exploração desse recurso têm sido realizados por meio de práticas pouco sustentáveis que causam degradação e poluição, alterando as características edáficas ideais para a manutenção adequada dos serviços por ele oferecidos.

Assim, as ações antrópicas têm interferido na capacidade natural do solo de suportar a agricultura, a pecuária ou os elementos bióticos e abióticos solo-dependentes (MILLER JR, 2007). Essas ações desencadeiam impactos ambientais negativos, os quais abordaremos adiante, originando processos erosivos, salinização, desertificação, poluição rural através do emprego de fertilizantes e defensivos agrícolas, e poluição urbana através do acúmulo de resíduos provenientes de indústrias, comércios e residências.

A erosão é caracterizada pelo processo de movimentação dos componentes do solo, cujos principais agentes podem ser a água e o vento. Os fenômenos erosivos quando desencadeados por fatores antrópicos podem ser resultado da alteração de determinada paisagem, através da remoção da cobertura vegetal natural que protegia os solos, do manejo inadequado de pastagens, das queimadas e de plantações mal planejadas em áreas acidentadas ou que se tornam susceptíveis a processos erosivos (MILLER JR, 2007; BRAGA et. al. 2002).

A erosão quando causada pela água, é consequência da remoção da cobertura vegetal, pois o impacto e a velocidade das águas diretamente sobre o solo nu são prejudiciais para a estabilidade telúrica, principalmente em áreas com alguma declividade. Quando as árvores estão presentes, o dossel absorve o impacto direto da chuva e o conjunto formado por raízes e serrapilheira auxilia na sustentação do solo (TOWNSEND et all., 2006). Isso se torna ainda mais importante em solos de regiões de clima úmido com consideráveis índices pluviométricos.

Os efeitos nocivos da erosão são a perda da fertilidade, em função de processos de lixiviação de nutrientes, e o carreamento de sedimentos, que terminam por se concentrar em corpos d’água próximos, ocasionando a poluição das águas. Em situação mais crítica, os processos erosivos podem formar voçorocas, enormes crateras no solo, de difícil reversão. Em áreas agricultáveis, uma das estratégias para conservar o solo é a construção de curvas de nível (terraços que direcionam o escoamento e diminuem o impacto das águas sobre o solo), e a conservação da cobertura vegetal, principalmente às margens dos rios.

A salinização pode ser vista como forma particular de poluição do solo, pois o excesso de sais na superfície causa alteração na estrutura e na função edáficas. O processo ocorre quando há a remoção da cobertura vegetal de determinada região, em geral regiões áridas ou semiáridas, favorecendo o aquecimento direto do solo através do sol (BRANCO, 1997). A constante evaporação das águas profundas do lençol freático, ricas em sais férricos e outros minerais, transporta por capilaridade esses sais que se acumulam na superfície, tornando os solos menos permeáveis.

Isso faz com que crostas salinas se formem na superfície do solo (latéritos), tornando-o de difícil manejo para culturas e impedindo a instalação de espécies vegetais. A salinização também pode ocorrer em áreas agricultáveis em função do uso intensivo da irrigação, pois esta prática permite que, por capilaridade, a água presente no lençol freático, rica em sais, concentre-se no nível do terreno, formando uma camada salina que traz consequências como o retardo de safras, a diminuição da produtividade, a morte das plantas e a decadência dos solos.

Um dos mais graves episódios de salinização do solo ocorreu devido ao uso excessivo de água dos rios Amu Darya e Syr Darya para irrigação de culturas, sobretudo de algodão, na extinta União Soviética. O volume de água utilizado contribuiu para a redução bem acelerada da área do Mar de Aral, na fronteira entre o Uzbequistão e o Cazaquistão. Com menos de 60% da área original do mar, “milhões de toneladas de pó e sais minerais têm sido levadas pelo vento, prejudicando a saúde de 5 milhões de pessoas” (DORLING KINDERSLEY, 2011: 249) ademais de tornar os verões mais quentes e os invernos mais frios.

Os processos de desertificação têm sido causa de preocupação em muitos países, pois as alterações ambientais em conjunto com práticas de manejo do solo inadequadas, tem agravado a seca em muitas regiões, trazendo fome, prejuízos econômicos e consequentemente criando os chamados refugiados ambientais. As causas desses problemas são os impactos negativos decorrentes do uso excessivo de pastagens, do desmatamento, da erosão, da salinização e da compactação do solo, ademais das modificações ocorridas na regulação do ciclo hidrológico (MILLER JR, 2007; BRANCO, 1997).

A desertificação, portanto, pode ser definida como o ponto máximo dos efeitos da degradação do solo e das variações climáticas, em que as condições se apresentam tão desfavoráveis que tornam o ambiente inóspito para a permanência da vida (ONU, 1994). Em função de esse problema ocorrer em escala global, a Organização das Nações Unidas (ONU), estabeleceu uma convenção visando ao desenvolvimento de medidas eficazes para o combate à desertificação, tendo como foco principal o auxílio aos países do continente africano.

As áreas rurais são reconhecidas principalmente pelo uso do solo para as práticas agropecuárias, que são a matriz econômica de muitas regiões, além de serem as responsáveis por abastecer a crescente demanda mundial por alimentos. Diante da necessidade de potencializar a produção e reduzir as perdas nas safras em função do ataque de pragas e infestações de plantas daninhas, o agricultor busca como alternativas o uso de fertilizantes sintéticos (adubos) e de defensivos agrícolas (agrotóxicos) como forma de mitigar seus problemas.

No entanto, quando manejados de forma inadequada trazem sérios riscos para o meio ambiente. Ambos são bioacumulativos e podem atingir concentrações tóxicas, alterando o desenvolvimento da flora e da fauna, tanto no solo quanto nos corpos d’água. Uma vez acumulados nos solos, podem torná-los poluídos; quando expostos às águas pluviais ou de irrigação, são lixiviados, e a carga de poluentes é carregada até rios, riachos, lagos ou lagoas, provocando um fenômeno chamado eutrofização, cuja primeira etapa é o acúmulo de nutrientes nas águas, especialmente fosfatos e nitratos.

Isso promove o crescimento excessivo de algas que, à medida que morrem e se decompõem, aumentam os índices de matéria orgânica e de decompositores, que esgotam o oxigênio das águas provocando a morte de outros organismos (BRAGA et. al. 2002; TOWNSEND et. al., 2006). Dessa forma, podemos notar a influência da poluição do solo sobre a qualidade das águas. Ainda em relação ao solo, o excesso de fertilizantes e de agrotóxicos pode acarretar a inutilização do solo para a agricultura, reduzindo a extensão das terras cultiváveis.

A superfertilização do solo pode ainda desencadear processos bioacumulativos de nitratos em vegetais. Isso faz com que seja depositado o excedente de nutrientes nos diferentes níveis tróficos de cadeias alimentares, trazendo consequências ainda incertas. (BRAGA et. al., 2002). Fertilizantes, assim como a maior parte dos defensivos, não são seletivos, o que torna o mercado da biotecnologia mais importante. Herbicidas decorrentes de processos de engenharia genética surtem efeito sobre a biodiversidade local, exceto sobre a semente para a qual foi desenvolvida tolerância.

Os defensivos agrícolas são amplamente utilizados no meio rural para controlar pragas e ervas daninhas, e, na maioria das vezes, atingem também outras espécies, ademais de persistirem no meio ambiente além do tempo da colheita (TOWNSEND et. al., 2006). Os defensivos organoclorados, por exemplo, são persistentes e acabam por migrar entre os níveis tróficos das cadeias alimentares, desencadeando o fenômeno denominado biomagnificação ou amplificação biológica (BRAGA et. al., 2002; TOWNSEND et al., 2006).

Os defensivos agrícolas oferecem perigo quando usados indiscriminadamente, em dosagens superiores àquelas ambientalmente aceitáveis e também por trazer impactos ambientais negativos para toda a dinâmica ecossistêmica, ao atingir outras espécies que não as alvejadas. Uma vez que para muitos agricultores estas práticas são comuns e necessárias ao aumento da produtividade, o ideal é que possam contar com assistência técnica de profissionais habilitados para a escolha e aplicação de produtos que atendam as particularidades de cada caso.

Deve-se também priorizar a escolha de defensivos de baixo impacto ambiental negativo. Segundo Miller Jr (2007), cientistas buscam um pesticida que seja ideal para atender as necessidades rurais e que preencha os seguintes requisitos: ser altamente seletivo, exterminando apenas as pragas; não tornar as espécies-problema geneticamente resistentes; apresentar rápida degradação e não deixar resíduos; ser economicamente viável.

Na última década, a população mundial tornou-se predominantemente urbana, mas o crescimento das cidades, em grande parte do mundo, não foi acompanhado pelo aumento na disponibilidade de infraestrutura – especialmente a destinada ao saneamento básico e ao gerenciamento de resíduos sólidos. Considerando os aspectos técnicos quanto à natureza e disposição desses resíduos, de acordo com a Norma Brasileira (NBR) 10004/2004 (BRASIL, 2004), podemos classificá-los em três classes.

A Classe I é formada por resíduos perigosos, como resíduos industriais contaminantes (químicos, solventes, graxas, corrosivos) e materiais hospitalares (patogênicos). A Classe II A é constituída por resíduos não-inertes, como lixo domiciliar e comercial, em que há grande quantidade de matéria orgânica, de papel e papelão e de plásticos, entre outros. A Classe II B representam resíduos inertes como entulho, tijolos, concreto e azulejos. Quando lançado inadequadamente, o lixo polui e contamina os ambientes, favorecendo a proliferação de vetores que trazem riscos para a saúde da população (BRAGA et. al., 2002).

Assim sendo, apresentaremos os principais destinos dos resíduos sólidos produzidos nas cidades – lixões e aterros sanitários. Estes são mais adequados para o gerenciamento de resíduos, pois para sua construção são realizados estudos de impacto ambiental, dentro do planejamento da obra, especificando a forma de utilização e até o período de vida útil do aterro. A deposição do lixo é feita em solo previamente preparado com a abertura de câmaras onde o lixo será depositado, sendo que estas são recobertas com mantas impermeáveis que evitam a contaminação do solo e das águas subterrâneas.

Os resíduos são dispostos em camadas no interior das câmaras, os quais são cobertos por uma camada de solo compactado. Nas câmaras, com baixa concentração de oxigênio, processa-se a biodegradação anaeróbica com a liberação de gás metano e de chorume, proveniente da decomposição da matéria orgânica (BRAGA et. al., 2002; BRANCO, 1997). O aterro sanitário é considerado ecologicamente adequado, pois há o controle das variáveis que podem trazer riscos ao meio ambiente. Os aterros, uma vez esgotada a vida útil, podem ser convertidos em áreas de recuperação vegetal, construindo-se parques e áreas verdes (BRAGA et. al., 2002).

Os aterros são vantajosos por reduzir os riscos de contaminação ambiental e como foi dito, por reaproveitar a área após o esgotamento. No entanto, apresenta desvantagens quanto a extensão de áreas utilizadas, além do impacto visual e demais aspectos relacionados a odores, tráfegos de caminhões e desconforto nas imediações do aterro. Em junho de 2012, ocorreu o fechamento do então maior aterro sanitário existente no Brasil, o de Gramacho (figura 1: Google Earth), no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Este aterro foi durante décadas um lixão que contaminava o solo, o lençol freático e a Baía de Guanabara, cujos urubus prejudicavam a movimentação do Aeroporto do Galeão.

Figura 1: Aterro de Gramacho em imagem de satélite.

Os lixões podem ser definidos como áreas de lançamento de lixo em que não há qualquer tipo de preparação do terreno ou controle dos danos ali criados. Acabar com a presença dos lixões nas cidades é um dos grandes desafios para a sociedade, pois envolve diversos problemas relacionados à poluição do solo, à saúde pública, à degradação urbana e à desigualdade social. O material depositado a céu aberto é atrativo para pessoas de baixa renda que buscam objetos, utensílios e até alimentos.
Os resíduos depositados nos lixões, via de regra, não sofreram qualquer tipo de seleção, contém elementos químicos e biológicos de toda natureza, e quando decompostos, formam o chorume que se infiltra no solo contaminando-o, podendo atingir os lençóis subterrâneos. O Brasil caminha para a solução dos problemas ocasionados pelo tratamento inadequado dos resíduos sólidos, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Rizzini, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, socioecológicos e florísticos. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural Edições Ltda, 1997.

Braga, B.; Hespanhol, I.; Conejo, J.G.L.; Barros, M.T.L.; Spencer, M.V.; Porto, M.F.A.; Nucci, N.L.R.; Juliano, N.M.A.; Eiger, S. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo, Prentice Hall, 2002. 305p.

Miller JR, G. Tyler. Ciência ambiental. Tradução: All Tasks; revisão técnica Welington Braz Carvalho. São Paulo, Cengage learning, 2007.

Warren, H. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. Tradução: Mary Amazonas Leite de Barros. São Paulo, Unesp: Companhia Melhoramentos, 2001.

Townsend, C. R.; Begon, M.; Harper, J. L. Fundamentos em ecologia. Tradução: Gilson Rudinei Pires Moreira [et al]. Porto Alegre, Artmed, 2006.

Branco, S. M. O meio ambiente em debate. São Paulo, Moderna, 1997.

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Brasil. Resíduos sólidos – classificação. Norma Brasileira – ABNT NBR10004. Segunda edição 2004.

Organização das Nações Unidas. Elaboration of an international convention to combat desertification in countries experiencing serious drought and/or desertification, particularly in Africa. 1994. Disponível: http://www.unccd.int/Lists/SiteDocumentLibrary/conventionText/conv-eng.pdf. Acesso 12.10.12
 
DORLING KINDERSLEY; ISTOÉ – Enciclopédia Ilustrada da Terra. São Paulo: Três Comércio de Publicações, 2011.
 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Poluição atmosférica e Mudanças Climáticas

Escrevi este artigo juntamente com outros dois sobre poluição, tema que já foi cobrado no CACD. Publico agora o referente a Mudanças Climáticas e Poluição Atmosférica.
Dúvidas entre em contato por email ou telefone.
Retomarei as aulas no segundo semestre de 2013.
Aguardem novidades!
Abraços,
W.


A atmosfera é um invólucro fundamental para a existência de vida na Terra. Segundo Mozeto (2001: 42), ela é “o compartimento de deposição e acumulação de gases (e de particulados) como o CO2 e o O2, produtos dos processos respiratório e fotossintético de plantas terrestres e aquáticas”, e “de compostos nitrogenados essenciais à vida na Terra, fabricados por organismos (bactérias e plantas) a partir de N2 atmosférico”. Ademais, a atmosfera absorve a radiação solar, impedindo a destruição de tecidos vivos por ultravioleta, e mantém a temperatura estável, sem grandes oscilações. A figura 1 (MOZETO, 2001: 42) caracteriza a atmosfera terrestre.

Figura 1: Caracterização da atmosfera terrestre.

A tabela 1 (LISBOA & SCHIRMER, 2008: 3) mostra a composição química da atmosfera. Predominam o nitrogênio, com 78%; e o oxigênio, com 21%. Há, ainda, a presença de gases nobres, de dióxido e de monóxido de carbono, de metano, de óxido nitroso e de amônia, entre outros cujo percentual é muitíssimo baixo. Alguns desses compostos químicos são considerados poluentes, que, segundo a CETESB (http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/21-Poluentes), são quaisquer substâncias presentes

[...] no ar e que, pela sua concentração, possa[m] torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem-estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias poluentes presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas na atmosfera é muito grande, o que torna difícil a tarefa de estabelecer uma classificação.

Dessa forma, os poluentes são classificados em primários, quando emitidos diretamente por fontes emissoras; e secundários, quando são formados através de reações químicas na atmosfera entre poluentes primários e componentes atmosféricos naturais. Classificam-se os poluentes, outrossim, em naturais, como os emitidos em erupções vulcânicas, e poluentes antrópicos, como aqueles decorrentes da queima de combustível fóssil. Além disso, os poluentes são discriminados em seis categorias: material particulado, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, oxidantes fotoquímicos, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio.

Tabela 1: Composição química da atmosfera

A tabela 2 (LISBOA, 2007: 8) elenca os principais poluentes antrópicos, suas fontes e suas principais características. Materiais particulados são aqueles que se mantêm suspensos na atmosfera por serem muito pequenos, como poeira e fumaça; oxidantes fotoquímicos correspondem “à mistura de poluentes secundários formados por reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz solar” (http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/21-Poluentes), sendo o ozônio troposférico (não confundir com o ozônio natural), o principal produto destas reações químicas que originam o smog fotoquímico. Acerca deste processo, Henrique Lisboa e Waldir Schirmer (2008: 23-4) afirmam que



Tabela 2: Poluentes e suas fontes e características.

[...] ‘smog fotoquímico’ é o termo utilizado para designar a concentração de ozônio em baixas atmosferas (troposfera) decorrente da reação entre diferentes poluentes emitidos antropogenicamente. A palavra ‘smog’ na verdade é a junção das palavras inglesas ‘smoke’ (fumaça) mais ‘fog’ (neblina), cujo processo de formação compreende inúmeros compostos e reações induzidas pela presença de luz solar. Os principais ingredientes na formação do ‘smog’ são os compostos orgânicos voláteis (COV), os óxidos de nitrogênio (ambos originados principalmente a partir da combustão incompleta de combustíveis fosseis) e a luz solar. Os compostos orgânicos voláteis (COV) incluem a maioria dos solventes, lubrificantes e combustíveis em geral, sendo comumente emitidos por indústrias químicas e petroquímicas (fontes fixas) e por veículos automotores (fontes móveis). De modo geral, são compostos orgânicos com elevada pressão de vapor (sendo facilmente vaporizados às condições de temperatura e pressão ambientes). [...] Estes compostos compõem uma lista considerável de compostos químicos (mais de 600), [em que] quase um terço destes constitui-se [de] substâncias tóxicas.

Henrique Lisboa (2007) enumera seis tipos de efeitos possíveis da poluição do ar: efeitos tóxicos sobre seres vivos; efeitos desagradáveis dos maus odores; efeitos sobre os materiais; efeitos econômicos; efeitos sobre a vegetação; e efeitos sobre as propriedades da atmosfera. Entre os efeitos da toxicidade, há diversos sintomas desde cansaço e dores de cabeça, a irritação nos olhos e nas vias respiratórias, asma, rinite, bronquite e enfisema; destruição de enzimas e proteínas; câncer; degeneração do sistema nervoso central, doenças nos ossos e anencefalia de fetos são os casos mais graves.

Vila Parisi, uma área residencial operária encravada no parque industrial de Cubatão, ficou conhecido por Vale da Morte. As condições topográficas e meteorológico-climáticas contribuíam para a concentração de poluentes, exigindo o funcionamento de mecanismos de controle permanentes dos índices de poluição, o que não impediu “que a concentração de partículas atingisse três vezes o nível de alerta” (OLIVEIRA & SAGULA, 1984: 1). Diariamente, em 1977, as indústrias emitiam “418 toneladas de monóxido de carbono, 220 de benzeno, 182 de dióxido de enxofre, 41 de óxidos de nitrogênio, 31 de hidrocarbonetos, 2.600 de material particulado, além da liberação de outros 75 tipos de poluentes” (NAOUM; MOURÃO; RUIZ, 1984: 271).

Quanto aos materiais, o principal efeito é a deterioração do patrimônio histórico em decorrência de reações químicas, como as causadas por chuva ácida, por oxidação e pela formação de sais na superfície de construções e de monumentos. Os efeitos econômicos ocorrem desde a sujeira das roupas até os custos com saúde pública decorrentes das doenças relacionadas à poluição. Sobre a vegetação, os efeitos mais comuns são alterações no crescimento das plantas, alterações nas suas colorações normais e o colapso do tecido foliar. Ademais, ocorre a

[...] a redução da penetração da luz por sedimentação de partículas nas folhas ou por interferência de partículas em suspensão na atmosfera; deposição de poluentes no solo, por sedimentação (partículas grosseiras) ou por carreamento provocado pelas chuvas (gases dissolvidos e partículas afins), permitindo a penetração dos poluentes pelas raízes e alterando as condições do solo; penetração dos poluentes pelos estômatos das plantas (LISBOA, op. cit.: 31).

Os efeitos sobre as propriedades atmosféricas são os mais importantes para os candidatos ao IRBr, já que implicam em acordos internacionais sobre as mudanças climáticas, termo consagrado e que vem substituir efeito estufa e aquecimento global, uma vez que não há consenso científico acerca do que ocorre com o clima no planeta Terra, exceto pelo fato de que há alterações, em escala temporal de décadas. Molion (2008: 49) assegura que

[...] o clima da Terra tem variado ao longo das eras, forçado por fenômenos de escalas de tempo decadal até milenar. No final da década de 1970, após um período de 30 anos de resfriamento, surgiu a hipótese de que a temperatura média global da superfície estaria aumentando devido à influência humana. Essa hipótese está fundamentada em três argumentos: a série de temperatura média global do ar na superfície ‘observada’ nos últimos 150 anos, o aumento observado na concentração de gás carbônico e os resultados obtidos com modelos numéricos de simulação de clima. Discutiram-se criticamente esses três aspectos, mostrando suas deficiências, e concluiu-se que a representatividade global da série de temperaturas é questionável e que a possível intensificação do efeito estufa pelas atividades humanas, bem como as limitações dos modelos matemáticos de simulação de clima não justificam a transformação da hipótese do aquecimento global antropogênico em fato científico consumado. Apresentaram-se argumentos que sugerem que um resfriamento global, paulatino, nos próximos 15 a 20 anos seria igualmente provável, em face do conhecimento atual que se tem do clima global e de sua variabilidade. Para os climas brasileiros, o resfriamento produz impactos socioeconômicos negativos, pois reduz as chuvas de maneira geral e submete o Sul e Sudeste a uma freqüência maior de geadas no inverno.

Efeito estufa é um fenômeno natural da dinâmica da atmosfera, a qual retém calor e possibilita a existência da vida no planeta da forma como a conhecemos. Os gases que contribuem para a ocorrência desse fenômeno são dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e o vapor d’água. O efeito estufa atribuído ao homem decorreria do aumento da concentração desses gases por razões antrópicas, formando-se uma espécie de filtro que reteria o calor a ser dissipado à noite. Por sua vez, esse aumento da temperatura poderia derreter as calotas polares, aumentando significativamente o nível do mar, entre outras trágicas consequências.

Para evitar a confusão entre o efeito estufa natural daquele que hipoteticamente é atribuído ao homem, optou-se por nomear essa possível elevação da temperatura de causas antropogências como aquecimento global. Contudo, isso não criou consenso. Considerando-se a série de temperatura média global do ar na superfície ‘observada’ nos últimos 150 anos, deve-se lembrar que as estações climatométricas encontram-se em cidades, sujeitas às ilhas de calor, ademais da falta de padronização e da mudança de instrumentação nesse período. Ainda conforme Molion (ibid.: 51-3),

[...] os desvios de temperatura do ar para o globo, com relação à média do período 1961-1990, aumentaram cerca de 0,6 °C desde o ano de 1850. Vê-se que, até aproximadamente 1920 em princípio, houve apenas variabilidade anual, e aparentemente não ocorreu aumento expressivo de temperatura num período extenso, embora haja relatos de ondas de calor como, por exemplo, a de 1896 nos Estados Unidos, que deixou mais de 3 mil mortos somente em Nova York. Porém, entre 1920 e 1946, o aumento global foi de cerca de 0,4 °C. No Ártico, por exemplo, em que há medições desde os anos 1880, o aumento foi cerca de dez vezes maior nesse período, 2,7 °C somente entre 1918 e 1938! Entre 1947 e 1976, houve um resfriamento de cerca de 0,2 °C, não explicado pelo IPCC, e, a partir de 1977, a temperatura média global aumentou cerca de 0,3 °C. O próprio Painel concorda que o primeiro período de aquecimento, entre 1920 e 1946, pode ter tido causas naturais, possivelmente o aumento da produção de energia solar e a redução de albedo planetário[1] [...]. Antes do término da Segunda Guerra Mundial, as emissões decorrentes das ações antrópicas eram cerca de 10% das atuais; portanto, torna-se difícil argumentar que os aumentos de temperatura naquela época tenham sido causados pela intensificação do efeito estufa provocada pelo homem. A polêmica que essa série de anomalias tem causado reside no fato de o segundo aquecimento, a partir de 1977, não ter sido verificado, aparentemente, em todas as partes do globo. [...] A série de temperaturas médias para os Estados Unidos, por exemplo, não mostrou esse segundo aquecimento, sendo a década de 1930 mais quente que a de 1990. [...] Um aspecto muito importante é que as séries de 150 anos são curtas para captar a variabilidade de prazo mais longo do clima. A segunda metade do século XIX foi o final da ‘Pequena Era Glacial’, um período frio, bem documentado, que perdurou por alguns séculos. E esse período coincide com a época em que os termômetros começaram a ser instalados mundialmente. Portanto, o início das séries de 150 anos, utilizadas por vários pesquisadores que contribuíram para o Relatório do IPCC, ocorreu num período relativamente mais frio que o atual e leva, aparentemente, à conclusão errônea de que as temperaturas atuais sejam muito altas ou ‘anormais’ para o planeta. Conclui-se que existem problemas de representatividade, tanto espacial como temporal, das séries de temperaturas observadas na superfície da Terra, o que torna extremamente difícil seu tratamento e globalização. E que estações climatométricas de superfície, portanto, são inadequadas para determinar a temperatura média global da atmosfera terrestre, se é que se pode falar, cientificamente, numa ‘temperatura média global’.

Outro fator de controvérsia é decorrente da concentração de CO2. Para o IPCC[2] (2007: 37), no momento atual há a maior concentração deste gás e de metano na atmosfera dos últimos 650 mil anos, cujo aumento origina-se da queima de combustíveis fósseis, mas Monte Hieb (http://www.geocraft.com/WVFossils /greenhouse_data.html) afirma que 95% do efeito estufa é decorrente do vapor d’água, e que a contribuição humana causaria entre 0,28% e 5,53% desse fenômeno. Além do questionamento da metodologia de cilindros de gelo e dos modelos de simulação de clima (MCGs), Molion (2008: 55-6; 59) lembra que

[...] não há comprovação de que o CO2 armazenado na atmosfera seja originário de emissões antropogênicas. Afirma-se que o CO2 atmosférico tem aumentado a uma taxa anual de 0,4%, correspondendo a um incremento de 3 bilhões de toneladas de carbono por ano (GtC/ano) armazenadas na atmosfera. De acordo com o Sumário do IPCC, somente as emissões por queima de combustíveis fósseis totalizariam 7 GtC/ano. Estima-se que os oceanos, por sua vez, absorvam 2 GtC anuais. Portanto, o balanço não fecha, e ainda faltaria encontrar o sumidouro das 2 GtC/ano restantes, fluxo esse que foi denominado na literatura ‘o carbono desaparecido’. A vegetação – florestas nativas, como a Amazônia, e plantadas – possivelmente seria a seqüestradora desse carbono. Por outro lado, sabe-se que a solubilidade do CO2 nos oceanos varia inversamente a sua temperatura. Ou seja, oceanos aquecidos absorvem menos CO2 que oceanos frios. Como a temperatura dos oceanos aumentou ao longo do século XX, a concentração de CO2 atmosférico já poderia ser até superior à medida atualmente, considerando-se apenas as emissões antrópicas. Portanto, é possível que o fluxo de CO2 absorvido pelos oceanos esteja sendo altamente subestimado. A literatura cita que o fluxo para dentro dos oceanos foi estimado em 92 GtC/ano. Um erro de 10% nessa estimativa corresponderia a uma fração três vezes maior que a que fica armazenada na atmosfera anualmente. [...] não [se] esgota[m], de maneira alguma, os problemas de modelagem dos processos físicos e as possíveis fontes de erros dos MCGs atuais. Porém, são suficientes para demonstrar que as ‘previsões’ feitas por eles para os próximos 100 anos podem estar superestimadas e que, portanto, a hipótese do aquecimento pelo efeito estufa intensificado, aceita pela maioria, segundo se afirma, pode não ter fundamento sólido, já que os resultados de modelos são um de seus três argumentos básicos utilizados em defesa da hipótese do aquecimento global antropogênico.

Desse modo, o único ponto em que a comunidade científica concorda é que estejam ocorrendo mudanças climáticas. Molion (ibid.: 59-64) afirma, contudo, não apenas que o homem não é responsável pelas mudanças climáticas, mas que, ao contrário da afirmação que a temperatura na Terra está aumentando, o que tem ocorrido é o resfriamento do planeta. De todo modo, o climatologista ressalva a necessidade de estudos sobre outras variáveis que influenciam o clima, como a temperatura da superfície dos oceanos, a variação da produção de energia solar, a tectônica de placas, o vulcanismo, os parâmetros orbitais da Terra e os impactos dos raios cósmicos galáticos.

Apesar de não acreditar em mudanças climáticas de causas antropogênicas, Molion assevera que não há quaisquer razões para a degradação ambiental. Outra polêmica na qual este acadêmico toma parte é sobre o buraco na camada de ozônio. Nesse caso, também há teses de que a ação humana contribuiu para a alteração da química do ozônio na atmosfera – na estratosfera, este componente químico absorve radiação ultravioleta; na troposfera é poluente. Há quatro teorias principais para explicar esse fenômeno: a dinâmica, a do óxido de nitrogênio, a da ação dos gases CFC e a dos ciclos solares. Segundo Henrique Lisboa (2007: 18), a teoria dinâmica

[...] é muito importante para estudos sobre o ozônio na estratosfera. A prova maior da importância de movimentos dinâmicos sobre a distribuição e variação do ozônio é sua variação latitudinal. A maior produção fotoquímica do ozônio deve ocorrer no equador, onde a incidência de radiação UV é mais intensa. Por causa da circulação atmosférica, no entanto, começando com a célula de Hadley na região equatorial, massas de ar são continuamente elevadas na vertical no equador e transportadas para as regiões polares. Em consquencia, a concentração de ozônio não é máxima no equador, mas nas regiões de latitudes altas. A circulação na estratosfera não é idêntica nos polos norte e sul. O transporte de massas de ar do equador praticamente atinge o polo norte, mas não o polo sul; a circulação equatorial só atinge o paralelo 60. Acima desta latitude predomina uma circulação polar própria do hemisfério sul, em torno de um ponto comum que é o Vórtex Polar, e que domina o inverno Antártico.

Sobre a teoria do óxido de nitrogênio, o autor afirma que a presença excessiva desse composto químico destruiria na mesma proporção as moléculas de ozônio; esse excesso decorre da combustão e do uso de fertilizantes nitrogenados. O metano também contribuiria para a degradação do ozônio estratosférico. Outra teoria é a dos CFC, desenvolvida por Sherwood Rowland e Mario Molina. De acordo com Romeu Rocha Filho (1995: 10), Rowland participou de uma reunião entre químicos e meteorologistas, em 1972, e, durante um intervalo,

[...] após uma exposição sobre os gases clorofluorocarbonetos (CFCs), ouviu falar de uma descoberta do cientista inglês James Lovelock [o mesmo que criou a Teoria de Gaia]. Em 1970, Lovelock tinha descoberto um CFC (o triclorofluorometano, conhecido comercialmente como CFC-11) na atmosfera sobre a Irlanda Ocidental; isto era atípico, pois a maioria dos poluentes atmosféricos logo desaparece através de processos de remoção denominados “sumidouros”. [...] Os CFCs aparentemente não tinham sumidouros ativos na troposfera e lentamente subiam para a atmosfera superior.

Molina foi orientando de Rowland, e as pesquisas conduzidas por ambos levaram à conclusão de que “estava na estratosfera o sumidouro dos CFCs”“um único átomo de cloro poderia destruir milhares de moléculas de ozônio”. Ricardo Felício (http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Felicio /mudancas/05A -Ozonio.pdf) contesta:

[...] a quantidade de energia do Sol é praticamente uma constante, mas as freqüências de emissão não o são. Ele pode compensar emissões de energia em outros comprimentos de onda. Por exemplo, emitir um pouco menos no visível, mas emitir mais no ultravioleta. Sabemos que a atividade solar possui ciclos de 11 anos, alternando máximos e mínimos. Durante esse processo, diversos fenômenos solares ocorrem como manchas solares, flares, protoplasmas, grupo de manchas etc. O que se percebe é que o número de manchas solares incide na quantidade de radiação ultravioleta emitido pelo Sol. Quanto menos manchas, menos radiação ultravioleta, mínimo solar (e mais radiação visível, ou seja, brilho). Notemos que o ano de 1996 coincidiu com um "mínimo solar", ciclo 23, ou seja, quando a atividade solar esteve num mínimo, o Sol produziu menos radiação ultravioleta (UV) que é essencial para a produção de O3, isto é, menos UV, menor concentração de O3. O Sol atingiu um máximo (não tão máximo) de atividade em 2000, ciclo 23 (Fig.28) e a concentrações de O3 aumentaram. Em 2007-2008, o Sol estará num novo mínimo, menos UV, e o “buraco” na camada de ozônio voltará a crescer. O máximo solar de 2000 foi suficiente para aumentar as concentrações globais de O3 em cerca de 3% acima da média (Fig.29). Um ponto interessante, é que existe um possível ciclo solar, de cerca de 90 anos (Ciclo de Gleissberg). Este, prevê que o Sol vai estar num grande mínimo de atividade (minimum minimorum) nos próximos dois ciclos solares (próximos 22 anos), ou seja, de agora até os anos 2022-2023, caso se repitam os ciclos anteriores (1890-1915 e 1800-1825).


[...] há quase 10 anos, reanalis[ou] as séries de ozônio de Oslo e Tronsoe, Noruega, e escrev[eu] um trabalho mostrando que as concentrações de ozônio estratosféricos são altamente variáveis e dependem da variação de fatores internos e externos ao sistema Terra-atmosfera, como produção de radiação ultravioleta pelo Sol e a presença de aerossóis vulcânicos. A verdade é que não há evidências científicas de que a camada de ozônio na estratosfera esteja sendo destruída pelos compostos de clorofluorcarbono (CFCs), que são gases utilizados em refrigeração (geladeira, ar condicionado), como Freon 11 e Freon 12 da Du Pont. O que ocorreu foi que, como os CFCs se tornaram de domínio público e já não podiam ser cobrados direitos de propriedade ("royalties")sobre sua fabricação, as indústrias, que controlam a produção dos substitutos (ICI,Du Pont, Atochem, Hoechst, Allied Chemicals), convenceram "certos" governos de países de primeiro mundo (começou com Sra. Margareth Tatcher, Ministra da Inglaterra)a darem apoio para a "a farsa da destruição da camada de ozônio e do aumento do buraco de ozônio na Antártica" pois, agora, os seus substitutos recebem "royalties". O Freon 12, por exemplo, custava US$1,70/kg e seu substituto R-134 custa quase US$20,00/kg. Como essas 5 indústrias têm suas matrizes em países de primeiro mundo e pagam impostos lá, não fica difícil de se concluir para onde vai nosso dinheiro e de quem é o interesse de sustentar uma idéia, ou hipótese tão absurda como essa da destruição da camada de ozônio pelo homem. Na minha opinião, essa hipótese é uma atitude neocolonialista, ou seja, de domínio dos países ricos sobre os pobres, através da tecnologia e das finanças. Países tropicais, como Brasil e Índia, precisam de refrigeração a baixo custo. A hipótese da destruição da camada de ozônio é uma forma de transferir dinheiro de países pobres para países ricos, que já não possuem recursos naturais e têm que sobreviver explorando os outros financeiramente.

Cabe ressaltar, por fim, que certos posicionamentos estão associados a ideologias políticas. A ciência está longe de ser neutra; muitos que negam o aquecimento global costumam ter posicionamentos direitistas, enquanto que a proteção a patentes e tecnologias verdes vincular-se-iam ao liberalismo. Em um período em que a distinção entre esquerda e direita se torna confusa, não é possível garantir o pertencimento de um cientista a determinado espectro político. Para o candidato e para o diplomata, é importante conhecer ambos os lados do debate; para o concurso, é válido o fato concreto – o arcabouço normativo das convenções das Nações Unidas, que veremos à frente.



[1] Albedo planetário – percentual de [radiação de ondas curtas] ROC refletido de volta para o espaço exterior, atualmente cerca de 30%.

BIBLIOGRAFIA (encontrada também na Internet!):

CETESB [COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO]. Qualidade do ar. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/21-Poluentes. Acesso 2 nov 2012.

FELÍCIO, Ricardo.  Material não mais disponível na internet. http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Felicio /mudancas/05A -Ozonio.pdf. Procure no material que o professor disponibiliza na página da FFLCH.

LISBOA, Henrique de Melo. Química da atmosfera. Florianópolis: UFSC, 2008.

_______; SCHIRMER, Waldir Nagel. Metodologia de controle da poluição atmosférica. Florianópolis: UFSC, 2008.

MOLION, Luis Carlos Baldicero. Mitos do aquecimento global. In: Plenarium, v.5, n.5, p. 48 - 65, out., 2008. [Brasília: Câmara dos Deputados].

_______. CFC e a camada de ozônio - a farsa?. Salvador: UFBA, sem data. Disponível na página: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=3&ved=0CC0QFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.geoambiente.ufba.br%2FArquivos%2520extras%2FTextos%2Fcontra-tese%2520do%2520CFC.doc&ei=A7GVUKelJpDU8wSMpIC4DQ&usg=AFQjCNGneWQct9RW5CEd9KFZNivrwqjQYw.

MONTE HIEB não está mais disponível neste sítio: http://www.geocraft.com/WVFossils /greenhouse_data.html

MOZETO, Antonio A. Química atmosférica: a química sobre nossas cabeças. In: Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, ed. especial, maio 2011.
 
NAOUM, Paulo Cesar; MOURAO, Celso Abbade; RUIZ, Milton Artur. Alterações hematológicas induzidas por poluição industrial em moradores e industriários de Cubatão, SP (Brasil). Rev. Saúde Pública,  São Paulo,  v. 18,  n. 4, Aug.  1984 .   Available from . access on  17  June  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101984000400002.

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